A União Europeia (UE) registrou uma queda de 2,9% nas emissões de gases de efeito estufa no primeiro trimestre de 2023, totalizando 941 milhões de toneladas métricas de equivalentes de CO2, de acordo com dados divulgados pela agência de estatísticas Eurostat. Este progresso ambiental ocorre em paralelo com um crescimento econômico no bloco, que apresentou um aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior.
Em um cenário global onde os efeitos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, com eventos extremos como ondas de calor registradas em Portugal e Espanha, a UE mantém seu compromisso rumo à meta de atingir emissões líquidas zero até 2050. Uma das medidas significativas adotadas foi a proibição, anunciada anteriormente, da venda de novos carros a gasolina e diesel a partir de 2035.
Em um panorama interno, 21 dos 27 países membros da UE alcançaram reduções em suas emissões. Os destaques vão para Bulgária, Estônia e Eslovênia, que apresentaram as maiores quedas. Por outro lado, países como Irlanda, Letônia, Eslováquia, Dinamarca, Suécia e Finlândia viram um aumento nas suas emissões.
Um relatório associado aponta que a UE destinou € 3,6 bilhões das receitas do comércio de emissões para investimentos em projetos inovadores de tecnologia limpa.
O Eurostat revelou também que as famílias foram responsáveis por quase um quarto das emissões totais de gases de efeito estufa no período. Enquanto isso, o setor de manufatura representou um quinto dessas emissões. O setor de comercialização de eletricidade e gás, que apresentou a maior redução nas emissões, respondeu por 19% do total. Por fim, a agricultura e os setores de transporte e armazenamento contribuíram com 13% e 10%, respectivamente.
