O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou no último domingo (17) a suspensão do chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), Ivan Bakanov, e da procuradora-geral Iryna Venediktova, enquanto investigações de possíveis traições acontecem nos departamentos.
“Não estamos falando da demissão desses dois funcionários, mas do fato de que a procuradora-geral foi afastada do cargo, e o chefe da SBU foi temporariamente suspenso de suas funções“, disse Andriy Smirnov, vice-chefe do gabinete presidencial. “Esperamos resultados mais concretos dos líderes desses dois departamentos, para que os consigamos limpar de colaboradores e traidores do Estado. No entanto, no sexto mês da guerra, continuamos a encontrar cada vez mais grupos deste tipo de pessoas”.
O líder ucraniano disse que uma série de crimes recentes contra as forças de segurança do país “suscita muitas questões sérias para os líderes relevantes”, prometendo que “cada uma dessas questões receberá uma resposta adequada“. Suas declarações ocorrem após uma série de ataques de alto perfil no território ucraniano, incluindo o assassinato de um oficial do exército de alto escalão em Kiev, na semana passada. Zelensky foi criticado anteriormente por nomeações estranhas e impróprias, mas é agora aclamado como um líder decisivo em tempos de guerra.
Em um discurso, Zelensky afirmou que mais de 60 funcionários da SBU (Serviço de Segurança Estatal da Ucrânia) e da promotoria estão trabalhando contra a Ucrânia em territórios ocupados pela Rússia, e 651 casos de traição e colaboração foram abertos contra autoridades de segurança.
No discurso noturno à nação, Zelensky destacou a recente prisão do ex-chefe do SBU que supervisiona a região da Crimeia, ele é suspeito de traição. Em uma recente entrevista, o presidente da Ucrânia disse que demitiu o principal oficial de segurança no início da invasão russa em 2014, afirmando que a decisão se mostrou justificada.