O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta quarta-feira (23), por ampla maioria, a declaração de estado de emergência nacional, diante da iminente invasão russa. O decreto vale para todo o território ucraniano durante 30 dias, com exceção de Donetsk e Luhanks, áreas separatistas que foram reconhecidas por Putin como Estados independentes.
“O principal objetivo da Federação Russa é desestabilizar a Ucrânia por dentro e alcançar seu objetivo. Para evitar que isso aconteça, decidimos hoje e tomamos essa decisão hoje”, disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia. Ele ainda afirmou que “todas são medidas preventivas, para preservar a paz e a calma no país e para que a economia continue funcionando”.
O governo ucraniano também emitiu um comunicado pedindo que todos seus cidadãos deixem a Rússia. “Com a intensificação da agressão russa contra a Ucrânia, que, entre outras coisas, pode levar a restrições significativas à prestação de assistência consular na Federação Russa, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que os cidadãos ucranianos se abstenham de quaisquer viagens à Federação Russa. Quem está neste país deve deixar o território imediatamente“, informa.
Além disso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que as Forças Armadas já começaram a recrutar os reservistas do país. No entanto, ele pediu para que a população civil continue com sua vida normal. Zelensky terminou o pronunciamento dizendo que “desejamos paz e calma, mas se ficarmos quietos hoje, amanhã desapareceremos”.