A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre móvel de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 – essa é a menor taxa para o período desde 2016. O índice também é menor que o do trimestre encerrado em novembro de 2021, que havia ficado em 11,6%, e também menor que de fevereiro de 2021, quando a taxa era de 14,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgado na manhã desta quinta-feira (31) pelo IBGE.
A população desocupada também recuou e chegou a 12 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, ficando 3,1% abaixo de novembro, e 19,5% abaixo do mesmo período de 2021, ou seja, uma diferença de 2,9 milhões de pessoas.
Por outro lado, o rendimento real do trabalhador recuou 8,8% em um ano. Ou seja, o valor passou de R$2.752 em fevereiro de 2021 para R$2.511 em 2022.
Tipo de emprego
Os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram em 1,1% em relação ao trimestre anterior e em 9,4% na comparação anual (ou seja, com o trimestre encerrado em fevereiro de 2021). Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas teve alta de 18,5% no ano.
Os trabalhadores por conta própria caíram na comparação com o trimestre anterior (-1,9%), mas subiu na comparação anual (8,6%), enquanto a quantidade de trabalhadores domésticos manteve estabilidade na comparação trimestral e subiu 20,8% no ano. A taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada, ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,6% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,1%.
Subutilização
A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar mas não procuram emprego, ficou em 27,3 milhões, 6,3% abaixo do trimestre anterior e 17,8% menor do que um ano atrás. A taxa composta de subutilização foi de 23,5%, abaixo dos 25% do trimestre anterior e dos 29,2% do trimestre encerrado em fevereiro de 2021.
A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram emprego por vários motivos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência, chegou a 4,7 milhões de pessoas. O número manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e caiu 20,2% na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (4,2%) registrou estabilidade frente ao trimestre anterior e queda ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 (5,5%).
Já a população fora da força de trabalho chegou a 65,3 milhões de pessoas, alta de 0,7% quando comparada com o trimestre anterior e queda de 5% na comparação anual.