A Rússia anunciou nesta terça-feira (15) que está retirando parte das tropas militares que estavam mobilizadas na fronteira com a Ucrânia. Segundo o anúncio do Ministério da Defesa de Moscou, o retorno de parte dos militares acontece porque “as unidades dos distritos meridionais e ocidentais cumpriram os seus objetivos”.
A medida acontece um dia após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmar que a Rússia iria invadir o país na quarta-feira (16). O anuncio da retirada de algumas tropas, no entanto, não convenceu os ucranianos. “Temos uma regra: não acredite no que ouve, acredite no que vê. Quando virmos uma retirada, vamos acreditar em uma redução de forças“, afirmou o chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
A Rússia não revelou quantos soldados serão retirados da fronteira, o que deixa o Ocidente cético em relação à atitude. A estimativa é de que hoje Moscou está mantendo cerca de 127 mil soldados posicionados pertos das fronteiras, cercando toda a região norte, segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia. Desses soldados, cerca de 30 mil estão realizando exercícios militares conjuntos com a Bielorrússia. As atividades devem terminar no próximo domingo (20).
Apesar disso, Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), disse que são sinais de que a Rússia quer diálogo e que é possível manter um “otimismo cauteloso”. A diminuição da tensão entre os países é positiva para o mercado financeiro, que vem sofrendo com quedas temendo uma possível guerra entre os dois países.