As receitas dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro fecharam a temporada de 2021 em R$ 6,6 bilhões, valor que representa um crescimento de apenas 1% em relação a 2019, último ano antes da pandemia. Os dados estão no Relatório Convocados XP: Finanças, História e Mercado do Futebol Brasileiro, divulgado nesta terça-feira (14) pela XP e pela consultoria Convocados, especializada na cobertura da indústria do futebol.
Dentro desse valor, a maior fonte de receita vem dos direitos de transmissão, que representam mais de 50% do valor total (R$ 3,47 bilhões). O valor também está associado às premiações da Copa do Brasil e da Libertadores de 2020, que foram pagas no ano passado, além do acumulo de dois Mundiais de Clubes e a premiação do Brasileirão.
Já as receitas com Publicidade e Marketing atingir 16% do total. De 2020 para 2021, houve uma alta de 48% nas receitas de publicidade, com o valor passando de R$ 715 milhões no primeiro ano da pandemia para R$ 1,061 bilhão no fim de 2021. Um ponto que chamou atenção da pesquisa também foi o fato de que 72% dos torcedores afirmam lembrar quais são as marcas que patrocinam seu time.
Além disso, a pesquisa mostrou que os investimentos diminuíram 17% de 2019 para 2021 e que os clubes reduziram os investimentos na formação do elenco profissional e aumentaram nas categorias de base. O que também caiu foi a receita de negociações de atletas, passando de 293 euros em 2019 para 183 milhões de euros em 2021.
Dívidas
Apesar do crescimento da receita, os clubes seguem com dívidas elevadas e viram elas cresceram em 2021, fechando em R$ 8,9 bilhões ao final do ano. As maiores dívidas líquidas são do Atlético-MG (R$ 1,3 bilhão), Corinthians (R$ 963 milhões), Cruzeiro (R$ 723 milhões), Vasco (R$ 710 milhões) e São Paulo (R$ 632 milhões).