Os preços no setor industrial tiveram alta de 1,21% em julho, em relação ao mês anterior, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) do Índice de Preços ao Produtos (IPP), que mede a variação dos preços de produtos “na porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete.
No acumulado do ano, o indicador atingiu 11,46%, segunda maior taxa registrada para um mês de julho desde o início da série histórica, em 2014. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa foi de 18,04%, caindo em relação ao verificado em junho (18,78%).
Segundo o IBGE, das 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação pesquisadas, 17 apresentaram alta em julho. A maiores influências no resultado vieram de alimentos (0,69 ponto percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (0,46 p.p.) e, no lado das quedas, metalurgia (-0,27 p.p.). Já as maiores variações mensais ficaram por conta de fabricação de produtos do fumo (7,01%), metalurgia (-4,03%), refino de petróleo e biocombustíveis (3,45%) e alimentos (2,97%).
“Os destaques no mês foram os grupos de alimentos e de refino de petróleo e biocombustíveis. Os dois juntos responderam por 1,15 pontos percentuais da variação de 1,21% ocorrida no mês de julho”, frisa o gerente do IPP, Manuel Campos. “Os produtos que mais influenciaram o resultado foram o leite e seus derivados, seguido pelo açúcar, derivados de soja e carnes e suas miudezas de aves congeladas”, explica o analista.
Já o aumento no refino de petróleo e biocombustíveis contribuiu para manter o grupo na primeira posição da variação acumulada no ano (35,99%) assim como no índice nos últimos 12 meses (59,94%). “Os grandes responsáveis pelo aumento no mês foram o óleo diesel e a gasolina. Este valor nos últimos doze meses, apesar de elevado, fica distante do recorde de 106,57% ocorrido em maio de 2021”, destaca Campos.