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Paixão e respeito aos Rubis da Birmânia: conheça Ravi Lunia

Diretor criativo da Faidee carrega a responsabilidade de manter viva a tradição da empresa da família

Paixão e respeito aos Rubis da Birmânia: conheça Ravi Lunia

Ravi Lunia nasceu em Mumbai, na Índia, é casado e pai de dois filhos. Ravi também tem dois irmãos – um mais velho e um mais novo – com quem divide uma das maiores responsabilidades de sua vida: tocar a empresa da família.

Fundada em 1905 pelo bisavô de Ravi, a Faidee é hoje uma das maiores empresas de rubi da Birmânia do mundo. Ele conta que a responsabilidade de ser a quarta geração tocando o negócio da família é um trabalho interessante e desafiador.

Eu sou apaixonado pelos Rubis Birmaneses e quero ensinar ao mundo sobre essa maravilha da natureza tão rara. Parte do meu trabalho é educar e conscientizar [as pessoas], mas também é continuar o legado da nossa família e criar peças maravilhosas para o mundo ver”, afirma.

Hoje, Ravi é o diretor criativo da Faidee. Ele explica que cada um dos irmãos está focado em uma área dentro da empresa e como ele sempre foi criativo, passou a cuidar do setor de design, transformando as pedras em verdadeiras joias.

Minha parte favorita do trabalho é criar peças verdadeiramente únicas. Meu maior foco são os rubis birmaneses, entretanto, quando vejo outras pedras excepcionais, eu gosto de trabalhar com elas também. Por exemplo, nós temos uma coleção de incríveis safiras birmanesas, que são absolutamente deslumbrantes”, relata Ravi.

Para criar essas peças exclusivas, o diretor criativo da Faidee utiliza como inspiração a natureza e também suas experiências de vida, como foi o caso do colar Butterfly. “Nós queremos que quando a pessoa utilizar a nossa peça ela se sinta de uma determinada forma assim que colocar a joia. Isso que me faz feliz ao fim do dia, ver algum sorrir assim que vê a peça”, comenta. 

Mais que uma joia, um pedaço de história

Para Ravi, as joias da Faidee são feita para serem atemporais, sendo assim, ele cria peças que sejam clássicas ao mesmo tempo que sejam modernas. “Elas devem resistir ao teste do tempo, pois nossas peças são feitas para serem transmitidas dentro da família que está destinada a possuir esses rubis. Também estamos sempre abertos a redesenhar uma peça com os proprietários se quiserem um novo olhar”, afirma Ravi.

Apesar de ser o negócio da família, o objetivo principal da Faidee não é vender. Ravi explica que muitas das peças que eles criam não são colocadas à venda – inclusive a sua peça favorita que não foi vista por ninguém além dos membros de sua família.

Não nos concentramos em um processo de vendas ou metas rígidas. Somos apaixonados pelas pedras e, na verdade, nem tudo o que temos está à venda. Há algumas peças em nossa coleção que estão guardadas há cem anos e não temos planos de vendê-las. Estas peças são todas únicas, guardam uma história e têm um dono legítimo. Só vendemos peças a pessoas que consideramos ter a mesma paixão e interesse que nós [pelos rubis]”, explica.

Atualmente, a Faidee tem um boutique no Hotel de Paris, localizado em Mônaco, e dois escritórios: um em Bangkok, sede da empresa, e outro em Hong Kong.

Um investimento para toda a vida

Para além de uma joia, os rubis da Birmânia também são um ótimo investimento. Ravi, que tem como uma de suas missões trazer mais educação sobre a pedra, explica que por conta da falta de informação muita gente acaba ignorando o rubi.

Ele dá o exemplo do ouro, que é utilizado como investimento por muitas pessoas. Ele explica que um ouro com preço de US$ 6 milhões irá pesar cerca de 100 quilos, enquanto um rubi muito fino pode valer o mesmo valor e pesar apenas algumas gramas.

Esses rubis finos eram tradicionalmente vistos na Birmânia como o investimento ideal, pois são fáceis de manter e de transportar”, conta Ravi, que ainda explica que os preços conseguiram sobreviver a muitas guerras, crises financeiras e até mesmo à chegada de pedras sintéticas e imitações.

Rubis são extraídos na Birmânia há mais de 800 anos, mas eles ainda são muito raros e tem uma oferta limitada. Então não há perigo de uma queda de preços porque não há estoque ou mina oculta”, explica.

Ele ainda compara a compra do rubi com o mercado de ações. “Se você considerar o mercado de ações como um investimento, nunca poderá prever o pico ou o fundo de uma ação. A longo prazo, as empresas podem falir, os preços das ações se depreciam e você pode até perder todo o seu investimento. Se você olhar o mesmo para os preços do rubi, eles nunca caem ou têm uma depreciação repentina – eles só aumentam de forma constante ao longo do tempo”, afirma.

Ele também utilizou o exemplo da empresa Kodak, que há 20 anos era considerada uma ótima opção para investir, mas que hoje viu seu patrimônio desvalorizar e seu preço cair por conta da chegada de câmeras digitais ao mercado. “Imagina se você investisse uma grande quantia em uma empresa dessas? Teria perdido uma quantia significativa de dinheiro”, diz.

Se você comprou um rubi de como investimento há mais de 20 anos, ele já aumentou significativamente de valor várias vezes e não há risco de qualquer outro produto competitivo vir para causar uma depreciação em seu preço – isso é um ótimo retorno constante”, finaliza.


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