A preservação do meio ambiente tem se tornado cada vez mais uma pauta urgente em discussões globais. Com os frequentes eventos climáticos extremos, a evidência de que o planeta está reagindo às ações humanas é inegável. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), até 2021, o aumento de 1,2°C na temperatura global já provocou inúmeros fenômenos extremos, desde inundações até ondas de calor. Esses eventos afetam primariamente os países mais pobres, evidenciando uma desigualdade climática que precisa ser tratada.
Dentro desse cenário, emerge a discussão sobre a necessidade de um alinhamento entre a preservação ambiental e a obtenção de lucros, adaptando o modelo capitalista tradicional para um mais consciente e responsável. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os investimentos globais em soluções de energia limpa ultrapassaram $300 bilhões anualmente, mostrando que é viável e rentável investir em sustentabilidade.
A UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) atua como um pilar central nesta missão, reunindo líderes globais e centralizando esforços para alinhar a economia mundial à proteção do meio ambiente. Através de iniciativas e acordos, a UNFCCC busca unificar ações, estabelecer metas e mediar compromissos, assegurando que a questão ambiental seja uma prioridade em agendas internacionais.
E, em um mundo cada vez mais interconectado, os investidores desempenham um papel fundamental. Mais do que simplesmente buscar o lucro, eles têm a capacidade de direcionar recursos para iniciativas que sejam simultaneamente rentáveis e sustentáveis. Segundo um relatório de 2021 do Global Impact Investing Network, investimentos com foco em impacto positivo para o meio ambiente e sociedade já movimentaram mais de $715 bilhões globalmente.
O capitalismo, quando alinhado com práticas sustentáveis, pode gerar não apenas retorno financeiro, mas também benefícios duradouros para o meio ambiente e para as futuras gerações. Como salientou Tuk Almeida, especialista em ativos ambientais, “O verdadeiro valor de um investimento não se reflete apenas em sua rentabilidade financeira, mas também em seu impacto positivo para a humanidade e o planeta.“
Conforme avançamos para um futuro incerto, a convergência entre lucro e preservação se torna não apenas desejável, mas essencial. A redefinição do capitalismo, onde os lucros estão intrinsecamente ligados à sustentabilidade, pode ser a chave para garantir um futuro mais equilibrado e harmonioso para todos.
