As delegações da Rússia e da Ucrânia devem se encontrar hoje (3) na fronteira entre Bielorrússia e Polônia para discutir o conflito entre os dois países, visando um cessar-fogo na guerra que já matou milhares de pessoas, entre civis e militares, e provocou a fuga de mais de um milhão de refugiados.
A reunião acontece um dia após os russos tomarem a cidade de portuária de Kherson – o prefeito da cidade ucraniana, Igor Kolykhayev, informou que a cidade foi tomada pelos russos na noite de quarta-feira. Ele também explicou que conversou com as tropas invasoras e algumas condições foram impostas para manter a segurança dos civis.
“Até agora tudo está indo bem. A bandeira hasteada acima de nós é a ucraniana. E para que isso continue, estas exigências devem ser respeitadas“, explicou Kolykhayev, se referindo ao toque de recolher noturno e a restrições de automóveis, que só são permitidos para ajudar feridos e levar remédios e alimentos.
Condições para o cessar-fogo
A Ucrânia havia informado na segunda-feira (28/2), dia da primeira reunião, que pediria o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas. Apesar do Kremlin não ter divulgado oficialmente suas intenções, Putin haveria dito para o presidente francês, Macron, que entre os pré-requisitos para o cessar fogo estavam o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, a desmilitarização do Estado ucraniano além de garantias de que a Ucrânia teria status neutro, ou seja, não entraria para União Europeia nem para a Otan. A Ucrânia, no entanto, já fez o pedido para ingressar oficialmente na UE.