O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, registrou nova alta de 0,99% em fevereiro, ante 0,58% no mês anterior. É o que mostram os dados divulgados na manhã desta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou acima do teto esperado por especialistas que esperavam alta de 0,53% a 0,96%. Essa é a maior variação do índice durante o mês de fevereiro desde 2016, quando a alta havia sido 1,42%. Agora, o IPCA-15 acumula uma alta de 1,58% no ano e de 10,76% nos últimos 12 meses, valor também acima da projeção, que ia de 10,26% a 10,73%.
Em mês de volta às aulas em diversas escolas e faculdades, o setor da Educação foi o que mais sofreu alta, registrando avanço de 5,64% nos preços. Alimentação e bebidas foi o segundo setor a ser mais atingindo, tendo uma alta de 1,20% em fevereiro, ante 0,97% em janeiro. O setor de Transportes também viu o índice subir 0,87%, ante a queda de 0,41% no mês anterior.
Considerando esses dados é notório que a pressão inflacionária ainda está presente no país. Isso impacta não só nos investimentos, com taxas maiores nos ativos atrelados à inflação , mas também no poder de compra do cidadão, já que as maiores altas vieram no núcleo de educação e alimentação. Há também uma expectativa sobre qual será o efeito disso na próxima reunião de Política monetária, que está prevista para março.
Vinicius Felchack, executivo de investimentos da Invest4U
Em relação aos índices regionais, Porto Alegre foi a única área a registrar queda, com recuo de -0,11%. Já a maior alta ficou na região de São Paulo, com avanço de 1,20%. Na sequência, Curitiba e Belo Horizonte registraram alta de 1,13%, seguidas por Goiânia e Rio de Janeiro, ambas 1,11% de ganho.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2022 (referência) e comparados aos vigentes de 14 de dezembro de 2021 a 13 de janeiro de 2022 (base).