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Focus: previsão para a inflação sobe pela 16ª semana consecutiva

Mercado espera inflação em 7,89% ao final do ano

Focus: previsão para a inflação sobe pela 16ª semana consecutiva (stokkete/envato)

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (02) pelo Banco Central, mostrou que o mercado elevou a inflação pela 16ª consecutiva, subindo para 7,89%, ante expectativa de 7,65% uma semana atrás. Com isso, a inflação projetada pelas mais de 100 instituições financeiras consultadas pelo BC para o relatório já está o dobro da meta estipulada, que é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (entre 2% e 5%).

O mercado também aumentou a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, subindo para 0,70%, ante 0,65% na última semana. Essa é a quinta alta seguida. Por outro lado, as projeções da Selic e do dólar se mantiveram estáveis, a 13,25% ao ano e R$5,00, respectivamente. Vale lembrar que o Copom se reúne na quarta-feira (4) para decidir se aumenta a taxa de juros (Selic), que atualmente está em 11,75% – a expectativa do mrecado é de um aumento de 1 ponto percentual.

Baseado nas novas projeções divulgadas, o Banco Central mostra aquilo que o mercado já está esperando. A Selic deve acompanhar o avanço da nossa inflação (IPCA) e as reuniões do Copom serão o grande foco dos investidores para verificar até onde a taxa básica de juros irá. Até porque, os preços elevados dos combustíveis tem afetado toda a cadeia de bens de consumo, desde o frete do agro até a entrega nas prateleiras. É importante lembrar que os efeitos das ações militares russas, continuam trazendo consequências na demanda mundial de insumos, somado à desaceleração de produção vindo do gigante asiático, devido ao lockdown forçado chinês”, explica o Executivo de Investimentos da Invest4U, Vinicius Felchack.

em 26/04 (último Boletim Focus)hoje (02/05)
IPCA (inflação)7,65%7,89%
Selic (taxa de juros)13,25%13,25%
PIB0,65%0,70%
Câmbio (dólar)R$5,00R$5,00

Após ter ficado quase todo o mês de março sem ser divulgado, o Boletim Focus voltou a ser publicado na terça-feira (26) passada porque os servidores do Banco Central suspenderem a greve por tempo determinado (de 20 de abril a 02 de maio) como um “voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. No entanto, o retorno da greve foi aprovado na última sexta-feira (29) e a partir de amanhã os servidores voltam com a paralisação.


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