Nesta quarta-feira (2) o leste europeu entrou em seu sétimo dia de conflito. Ainda hoje, representantes de Rússia e Ucrânia devem se reunir novamente em Belarus para uma segunda rodada de negociações – a primeira, realizada na segunda (28/2) terminou sem nenhum avanço. No entanto, com os avanços militares russos e novos ataques, a Ucrânia ainda não confirmou participação.
Os ucranianos haviam informado que seus objetivos são o cessar-fogo imediato, além da retirada das tropas russas de seu território. Apesar da Rússia não ter divulgado oficialmente o que pretendia, Putin haveria dito para o presidente da França, que os pré-requisitos para qualquer acordo seriam “o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, o fim da desmilitarização e da desnazificação do Estado ucraniano e a garantia de seu status neutro“.
Enquanto isso, a Rússia segue avançando com suas forças militares. Durante a madrugada desta quarta-feira, foram registrados diversos ataques russos, principalmente na segunda maior cidade ucraniana, Kharviv, com registro de mortes. “Praticamente não restam áreas em Kharkiv que não foram atingidas por projéteis de artilharia“, afirmou um assessor do Ministério do Interior, Anton Gerashchenko.
Os russos também informaram que haviam tomado controle total de Kherson, cidade portuária no sul da Ucrânia. Por outro lado, as autoridades ucranianas negaram a informação, mas disseram que a cidade está cercada.
De acordo com um jornal local ucraniano, o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia disse que as forças russas estão tentando avançar em todas as direções, mas encontram resistência dos militares ucranianos em todos os lugares e estão sofrendo perdas. Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cerca de seis mil soldados russos já morreram desde o início do conflito. O Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia também emitiu um comunicado informando a morte de mais de dois mil civis, entre mulheres e crianças, sem contar a força militar – dado que não foi divulgado.