O número de investidores pessoas físicas (PF) na B3, bolsa brasileiro, atingiu 5.186.225 em junho, o que representa um crescimento de 56,8 mil pessoas – ou 1,1% – em relação a maio. Os dados são do relatório da XP Investimentos.
Apesar da alta no número de investidores, houve uma queda do valor total mensal de -7,8%, atingindo R$ 451,2 bilhões. Segundo os especialistas, esse recuo é resultado da queda de -11,5% do Ibovespa no mês de junho. Os investidores brasileiros acompanharam o cenário exterior de aversão ao risco, em meio ao cenário inflacionário do país e buscaram se abrigar em títulos de renda fixa, que são considerados menos arriscados.
O saldo por investidor teve baixa de 8,8% em junho, ante maio, para R$ 87 mil. É uma queda de 67,5% ante o pico registrado em 2017, de R$ 267,7 mil por investidor.
Perfil do investidor na B3
O relatório ainda mostrou que a maioria dos investidores têm entre 26 e 35 anos, representando 33,4%. Na sequência, está a faixa etária de 36 a 45 anos (28,1%) e de 16 a 25 anos (12,6%). Segundo dados da B3, há cerca de 10 anos, em 2013, a faixa etária de 25 a 39 anos representava apenas 19% dos investidores, enquanto 56% tinham mais de 60 anos. Esse cenário se inverteu, e hoje a população com mais de 56 anos representa apenas 13,2% da bolsa.
O relatório da XP ainda mostrou que a maioria dos investidores brasileiros estão concentrados no Sudeste, sendo liderados por São Paulo (36,6%), Minas Gerais (9,9%) e Rio de Janeiro (9,9%). Na sequência, está Paraná (6,4%) e Rio Grande do Sul (5,6%). Estados do Nordeste representam, juntos, 12,8% dos investidores totais, enquanto o Centro-Oeste representa 8,2% e o Norte 3,7%.
Apesar de estar crescendo, a porcentagem de mulheres na bolsa ainda representa apenas 23,9% do total. Apesar da representatividade ainda pequena perto da população geral, onde representam 52,2%, o número de mulheres vem crescendo em um ritmo acelerado, com alta de 46,1% desde 2020.