Recentemente, a temperatura média global da Terra ultrapassou um marco alarmante, alcançando mais de 2º C acima dos níveis pré-industrialização. Esse fenômeno, embora temporário, sinaliza uma tendência preocupante de aquecimento global, possivelmente levando a consequências catastróficas e irreversíveis para o planeta e seus ecossistemas.
Este aumento significativo da temperatura, registrado na sexta-feira passada, é um claro indicativo de que o planeta está se aquecendo a um ritmo alarmante. Embora este aumento possa não indicar um estado permanente de aquecimento acima de 2 graus, representa um sintoma preocupante de um planeta que está se aquecendo cada vez mais rápido, movendo-se em direção a uma situação climática onde os impactos da crise climática podem se tornar difíceis, ou mesmo impossíveis, de reverter.
Tuk Almeida, consultor de ativos ambientais e crédito de carbono na Carbon4U, comenta: “Este é um sinal claro de que estamos entrando em uma nova e perigosa fase da crise climática. A ultrapassagem deste limiar, mesmo que brevemente, destaca a urgência de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em soluções sustentáveis.”
O momento é especialmente significativo pois ocorre pouco antes da conferência climática da ONU, a COP 28 em Dubai. Os países participantes farão um balanço de seus progressos em direção aos objetivos estabelecidos pelo Acordo Climático de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 2 graus acima dos níveis pré-industriais, com o objetivo de limitá-lo a 1,5º C.
“Estamos em um ponto crucial na luta contra as mudanças climáticas”, acrescenta Tuk Almeida. “A COP 28 será um momento decisivo para que os países reafirmem seus compromissos e tomem medidas concretas para combater este desafio global. Não podemos mais nos dar ao luxo de adiar ações significativas.”
Os relatórios recentes da ONU revelam que, mesmo com os compromissos atuais de redução de emissões, o mundo ainda está no caminho para atingir entre 2,5º C e 2,9º C de aquecimento neste século. A cada fração de um grau de aquecimento acima do limite de 1,5º C, os impactos no clima se tornam progressivamente piores, aumentando o risco de eventos climáticos extremos e atingindo pontos de inflexão irreversíveis, como o colapso das camadas de gelo polares e a morte em massa dos recifes de coral.
Este momento crítico destaca a necessidade de uma ação climática mais ambiciosa e coordenada em escala global, um desafio que os líderes mundiais devem enfrentar com urgência e determinação na próxima conferência da ONU.